Planejar, conforme Braga (1989),
nada mais é do que uma das principais funções de todo administrador, juntamente
com organizar, dirigir e controlar. Realizar um planejamento significa definir,
antecipadamente:
- as metas e objetivos das ações
que serão estabelecidas;
- o jeito pela qual essas ações
serão desenvolvidas;
- os meios físicos,
tecnológicos, humanos, etc, e os recursos financeiros a disposição;
- os limites com relação a
tempos de execução e as épocas de conclusões de cada etapa; e
- os responsáveis pela execução
das etapas do planejamento.
Assim, o planejamento
financeiro, segundo Braga (1989), compreende a programação analítica de todos
os planos da administração financeira, juntamente com os dados fornecidos pela
contabilidade Gerencial (controladoria), e a integração e uniformização desses
planos com os planos operacionais de todas as áreas da organização. Dessa
forma, o processo de planejamento financeiro compreende:
- Qualificar e quantificar os
recursos que serão necessários para realizar os planos operacionais da empresa;
- Determinar os valores de tais
recursos que poderão ser conquistados no âmbito da própria empresa e quanto
deverão provir de terceiros;
- Visualizar os melhores meios e
fontes para conseguir os recursos adicionais, quando se fizerem necessários,
procurando sempre balancear rentabilidade e liquidez; e
- Estabelecer a melhor forma
para a aplicação de todos os recursos necessários, para executar da melhor
maneira possível os processos operacionais que terá como objetivo chegar aos
resultados provisionados do planejamento financeiro.
Juntamente com o planejamento
financeiro, para Braga (1989), o controle financeiro também é de suma
importância para se ter ciência de como estão sendo gastos os recursos da
organização. Analisando a empresa como um sistema, a análise das encomendas,
matérias-primas, energia, pessoas, equipamentos, informações e recursos
monetários são de suma importância para o planejamento e controle financeiro
andarem de forma uniforme.
Além disso, conforme Braga
(1989), o orçamento empresarial com foco na parte financeira é indispensável
para se ter uma previsão de como andarão os procedimentos tanto operacionais
como financeiros da organização. O sistema orçamentário traduz, em quantidades
físicas e valores monetários, o desenvolvimento e os resultados de todos os planos
das unidades operacionais da empresa. Esses dados são colocados em quadros
orçamentários, juntamente com as estruturas apresentadas pela Contabilidade
Gerencial e de custos.
Conforme Braga (1989), a
definição do cenário econômico, político e social esperados para o período
futuro considerado devem preceder à elaboração dos orçamentos. Além disso,
também devem ser consideradas as expectativas sobre o mercado de mão-de-obra, movimentos
sindicais, etc.
A análise das informações gerenciais,
segundo Braga (1989), constitui um elemento fundamental para a qualidade do
planejamento financeiro e orçamentário. Essa análise permite conhecer mais
profundamente o comportamento das operações internas e das variáveis externas
que possam vir a interferir nas atividades e nos resultados.
Sendo assim, o planejamento financeiro desde que bem
adequado e convergente com o orçamento traçado, pode fazer com que a empresa se
torne cada vez mais eficaz em sua liquidez e, ao mesmo tempo, em sua
rentabilidade.
Referências:
BRAGA,
H.R. Fundamentos e técnicas de
Administração Financeira.1.ed. São Paulo: Atlas, 1989. 416p.
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