Tratando-se das
características que diferem o contador gerencial de outros profissionais,
Iudícibus (1998) nos expõe que a principal e fundamental diferença é saber
tratar, conciliar, peneirar e apresentar de maneira concisa, objetiva, resumida
e operacional os dados contidos e retirados da contabilidade financeira, de
custos, etc, além de unir essas informações juntamente com outros conhecimentos
não destinados à área contábil, para suprir as necessidades da administração em
seu processo decisório. Um contador de custos, por exemplo, que não se preocupe
com a contabilidade gerencial, ao apurar as variações entre períodos, se preocupará
apenas em demonstrar esses valores para os administradores, como simples
números, mostrando suas ferramentas que o fizeram chegar aos resultados
obtidos. Um contador com mentalidade gerencial vai interpretar tais variações
de forma minuciosa, para tentar achar os porquês de cada variação e assim,
entender qual área merece uma investigação mais aprofundada para entender a
variação desses custos.
Em certas
situações que exijam condições de otimização de resultados ou de minimização de
custos, o contador gerencial deverá superar-se e derivar de conceitos de valor
médio (usuais na contabilidade), conceitos que mais se aproximem de custos e
receitas marginais, necessários nos processos de otimização. (IUDÍCIBUS, 1998).
Um contador
gerencial, para Iudícibus (1998), deve ser um componente com uma visão muito
ampla, além dos conhecimentos e das técnicas que podem ser alcançados com métodos
quantitativos. Deve estar atento aos conceitos e atualidades da microeconomia
e, acima de tudo, deve saber como os administradores veem e se sentem ao
analisar conteúdos dos relatórios contábeis.
Apesar de cada administrador ter suas características próprias, a
maioria não aprecia analisar demonstrativos contábeis, como balancetes com
trinta páginas para tomar decisões, ou então visualizar um demonstrativo de
despesas operacionais na forma débito-crédito, e assim por diante. Se não
puderem ser substituídas adequadamente, deverão pelo menos ser mostradas de
forma simples e clara, para não gerar incoerências no raciocínio administrativo.
Apesar dessa
descrição do cargo do contador gerencial, vale lembrar, segundo Iudícibus
(1998), que esta função ou cargo não existe, na prática, com necessariamente
este título. São as atitudes, a formação e o conhecimento que diferenciam o
contador com mentalidade gerencial. Na prática, esse contador gerencial poderá
ser o controlador da empresa, o contador de custos, o próprio contador geral ou
o diretor financeiro.
Referências:
Referências:
IUDÍCIBUS,S. Contabilidade Gerencial. 6.ed. São
Paulo: Atlas, 1998.334p.
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