Primeiramente, devemos ter ideia do significado da palavra gasto. Gasto é todo dispêndio financeiro, ou seja, toda saída de "caixa" da empresa para a aquisição de um bem ou serviço. Geralmente, os gastos são divididos em: custos, despesas e investimentos.
Os custos, em geral, são todos os sacrifícios financeiros da empresa que estão inteiramente ligados com a aquisição, conversão e outros processos de suma importância para levar os estoques à sua condição necessária para serem revendidos, transformados ou utilizados para a prestação de serviço que façam parte do objetivo principal da empresa.
Para Antônio Lopes de Sá (2008), a causa dos custos são os investimentos ou aplicações de capitais para que se consiga um produto, um serviço, para que esses possam ser objetos de vendas. Sob o ponto de vista físico, do produto em si, admite-se que os custos sejam:
-Diretos: Aqueles que se relacionam ao que fisicamente se identifica no produto quando este é fabricado. Ou seja, é possível medir minuciosamente os custos diretos, atribuindo assim o valor gasto para aquisição, ou fabricação do produto que gerará receita. Exemplos: materiais; mão-de-obra direta;
-Indiretos: São os custos que se realizam para produzir mas que não são identificáveis fisicamente no produto, servindo para atender a todo o complexo do que se produz. Exemplo: depreciação das máquinas, matérias auxiliares, aluguel do salão de produção, segurança da fábrica, etc.
Outro aspecto de examinar os custos é o relativo à incidência dos mesmo em relação à quantidade produzida. Nesse particular e em linhas gerais, os custos podem ser:
- Fixos: ocorrem sem se alterarem devido à demanda da produção normal. Exemplo: o aluguel, pois independente do valor produzido, o aluguel não sofrerá alterações.
- Variáveis: ao contrários dos fixos, são os custos que se alteram em razão do aumento ou da diminuição da quantidade produzida. Exemplo: matéria-prima.
Outras formas de análise custos também são usada, porém, em menos evidência, como: custo extraordinários, custos figurativos, custos desnecessários, custos efetivos, custos teóricos, etc.

Assim como os custos, as despesas também possui as mesmas classificações acima citadas, porém, elas são classificadas geralmente com outros nomes e distribuídas de outra forma. As despesas são todos gastos relativos a administração da empresa, como a área comercial, marketing, desenvolvimento de produtos e o financeiro. Ou seja, são os gastos que a empresa precisa ter para manter a estrutura funcionando, porém não contribuem diretamente para geração de novos itens que serão comercializados.
Suas principais classificações, são: despesas administrativas (conta de água); despesas promocionais (embalagens especiais); despesas financeiras ( juros bancários; IOF); despesas tributárias (tributos em geral, onde na contabilidade são vistos também como dedução); despesas sociais ( bolsas de estudo); etc.
Portanto, uma análise errônea pode fazer com que o administrador reduza uma despesa essencial para empresa, onde às vezes o problema pode estar na margem de contribuição, ou seja, no lucro bruto da empresa ( Receita - Custos), precisando, assim, agir de forma decisória na gestão de custos da empresa e não em suas despesas.
Saber diferenciar os custos das despesas de uma empresa é de suma importância para saúde financeira da mesma, pois através da interpretação correta desses termos, o administrador conseguirá com mais facilidade encontrar o "gargalo" financeiro de seu empreendimento, evitando "cortes" desnecessários e agindo diretamente na raiz do problema.
Referência bibliográfica: Antônio Lopes de Sá - Fundamentos da contabilidade geral/ 3º edição/ Curitiba: Juruá, 2008.
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